quinta-feira, 10 de março de 2011

larga

trago mais uma chaga no peito,
o regalo de uma donzela calada,
ilustre é esta minha falta de jeito,
que me irrompe o sono p'la madrugada.

saudades são pois fantasias passadas,
porque perdes tu o tempo lembrando?
as cartas todas eram belas rasgadas,
as palavras - um iminente comando!

a dúvida propaga - será medo, será gente?
a resposta é uma melodia tenebrosa,
no meio de tanta - perdida, nem mente.
oh, casa! foste nossa - gloriosa!

sol novo onde descansam os defuntos,
os dedos nas mãos, braços em banalidade.
prometo que todos os sonhos juntos,
eram nossos, e eram bem verdade!