sábado, 25 de outubro de 2014

adeus (amor de) verão

foi com um golpe certeiro na veia
que me destruíste sonhos por sonhar
e estas asas ficaram por usar —
não mais se prenderão entre a tua teia.

oiço a doce melodia da vitória,
enquanto danças — ou não — no jardim,
sabor de verão que chega ao fim
p'ra se tornar nada mais que memória.

foram os teus olhos de ser carente
que revelaram a alma oculta em ti:
tu foste, és e serás alguém não crente.

culpaste-me por tanto que insisti,
não viste a verdade — é bem diferente:
se te amo ou amei, não sei... desisti.