domingo, 21 de dezembro de 2014

alma incompleta

esqueci o nome dos anjos e santos,
esqueci as vontades e perdi a fé
que, de tanto rumar contra a maré,
esqueci, em mim, os sonhos... eram tantos!

os dias que faltam p'ra te ver... são quantos?
parece eternidade, mas não é,
daqui não vou sair ou arredar pé —
estou preso ao chão dos teus encantos.

o tempo que, sem ti, passa é veneno —
infiltra-se no sangue e atinge a alma,
onde já não sou senhor, nem ordeno.

e, sem o teu suspiro que me acalma,
sinto-me, entre os homens, o mais pequeno
p'la falta do teu amor na minha alma.