somos iguais na falta de igualdade,
únicos em nós e para o mundo,
é o que nos desperta para a saudade
e carrega leva ao amor profundo.
eu sou o mesmo que ninguém
e só ninguém se iguala a mim,
se porventura chegar alguém —
diferimos do início ao fim.
o espelho oferece-nos a ilusão
de alguém que é como nós,
um manto negro sobre a razão
de que estamos sempre sós.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
psicossomático
depois de ti, pensei nunca mais voltar
àquele lugar que me mantém sano,
quando tudo o resto está fora do lugar
e a minha alma vagueia sem plano.
por te conhecer e aprender a tua falta,
sei que isto vai um pouco mais além;
ainda que não o admitas em voz alta,
já contas o dia pelas horas que tem.
levas-me por ruas que nunca percorri,
dás-me um beijo, agarras-me a mão
e, nesse momento — sem pensar, sorri
por todos os dias em que me deixas são.
eu sou novo, mas não sou assim tanto
e sei que um dia já me senti de igual,
muda-se o quando e muda-se o quanto
e a doença é a mesma, sinal por sinal.
tenho saudades e vontade de te ver,
quero voltar — voltar para ficar
e fazer as coisas que não ouso dizer,
que são, por agora, só p'ra imaginar.
esquisso de
poema rítmico
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