dormir sem ti é um farol ao demo,
respirar sem ti... pujante agonia!
num mundo sem ti, o que é que eu faria?
levem-me daqui, senão eu blasfemo!
mente danada, sai prisão de mim,
fica calada! congelem as horas,
sai p'la madrugada — que ainda demoras —
e não digas nada — diz só que sim.
tu, que das minhas noites és história,
enches-me o indomável pensamento
que já não me é fiel à memória.
haja quem me termine este tormento,
quem busque toda a fama, toda a glória!
que eu, sem ti, sou ar — apenas o vento...
segunda-feira, 11 de março de 2019
és
um traço de magia, um encanto,
o meu raio de Sol ao fim do dia,
a melhor possível companhia,
tudo o que preciso no meu manto.
as garras da coruja no meu coração,
o negrume do peito quando te ausentas,
o indomável lume, se me esquentas,
o papel em que escrevo a confissão.
a minha declaração de amor,
a minha declamação sem coragem,
a minha grade ao chegar à margem,
as minhas asas, o meu conductor.
um dia de inverno ausente de frio,
o verão que teima em não terminar,
a escuridão que cessa com o luar,
a brisa que me deixa em arrepio.
o meu raio de Sol ao fim do dia,
a melhor possível companhia,
tudo o que preciso no meu manto.
as garras da coruja no meu coração,
o negrume do peito quando te ausentas,
o indomável lume, se me esquentas,
o papel em que escrevo a confissão.
a minha declaração de amor,
a minha declamação sem coragem,
a minha grade ao chegar à margem,
as minhas asas, o meu conductor.
um dia de inverno ausente de frio,
o verão que teima em não terminar,
a escuridão que cessa com o luar,
a brisa que me deixa em arrepio.
esquisso de
poema rítmico
sexta-feira, 8 de março de 2019
morreu algo em mim e não eu
eu já não sou eu, não me sinto eu,
não sei quem sou, aqui e agora,
somente quem fui lá e outrora,
que esse algo, aqui e agora, morreu.
maldita hora, atrevida felicidade...
bendito infortúnio, onde andas tu?
traz-me o fado mal passado — cru —
que eu já passei da tenra idade.
eu não sei ser feliz e não sei,
eu não quero ser feliz e não quero,
já nem sei por quem eu espero,
já nem lembro por onde errei.
salva-te a ti, salva até a tua mãe,
chama os deuses do Olimpo e além,
leva a felicidade que só cego tem
e deixa-me ser sozinho — ninguém.
não sei quem sou, aqui e agora,
somente quem fui lá e outrora,
que esse algo, aqui e agora, morreu.
maldita hora, atrevida felicidade...
bendito infortúnio, onde andas tu?
traz-me o fado mal passado — cru —
que eu já passei da tenra idade.
eu não sei ser feliz e não sei,
eu não quero ser feliz e não quero,
já nem sei por quem eu espero,
já nem lembro por onde errei.
salva-te a ti, salva até a tua mãe,
chama os deuses do Olimpo e além,
leva a felicidade que só cego tem
e deixa-me ser sozinho — ninguém.
esquisso de
poema rítmico
quarta-feira, 6 de março de 2019
monstro
já não sei quem foi, me arrastou até aqui,
o que dói em mim e eu não senti,
porque me pesa a alma com um fardo não meu
e, quando te mataram, fui eu quem morreu.
levas a minha mão ao fogo no teu peito —
a mão que tens é a minha por defeito —
que mal se nota por entre a tua calma
e o que arde, na verdade, é a minha alma.
já não sei quem foi, me roubou a alegria,
se foi ela que partiu para melhor companhia —
alegria que sempre foi um engodo,
para mim, para ti e o mundo todo.
leva-a contigo para perto do teu sorriso,
esse nectar, esse milagre, esse tudo o que eu preciso,
essa veste floral em pleno inverno,
esse pecado carnal — meu inferno.
o que dói em mim e eu não senti,
porque me pesa a alma com um fardo não meu
e, quando te mataram, fui eu quem morreu.
levas a minha mão ao fogo no teu peito —
a mão que tens é a minha por defeito —
que mal se nota por entre a tua calma
e o que arde, na verdade, é a minha alma.
já não sei quem foi, me roubou a alegria,
se foi ela que partiu para melhor companhia —
alegria que sempre foi um engodo,
para mim, para ti e o mundo todo.
leva-a contigo para perto do teu sorriso,
esse nectar, esse milagre, esse tudo o que eu preciso,
essa veste floral em pleno inverno,
esse pecado carnal — meu inferno.
esquisso de
poema rítmico
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