tragam até mim essa jovem mulher,
recheada nos seus belos encantos,
em mim se abrem seus olhos espantos
nesta penetrante paixão de sofrer.
a voz, que cá dentro trava batalha,
anseia por ferrar também as garras,
pertencer às histórias que narras
e escorrer pelo gume da navalha.
abram-na para mim, querida flor,
deixem-me alimentar desse néctar,
analgésico contra a minha dor.
esta bela boneca de brincar,
que se despe aqui ou onde for,
só existe para apaziguar.