- joão, ajuda-me rápido!
- o que precisas?
- ajuda-me aqui a fazer esta coisa. como fizeste da outra vez, lembras-te?
- lembro sim. não aprendeste?
- não percebi nada daquilo que fizeste, parece bastante complicado!
- é lá agora complicado, está atenta que eu explico-te.
- não podes ser tu a fazer?
- posso sim, mas não preferes que te ensine?
- a ver-te fazer essas coisas até me sinto burra.
- não és nada burra, toma atenção.
- está bem, faz lá rápido!
- vê como eu faço e para a próxima já não precisas de mim.
- incomoda-te muito que te peça alguma coisa, é?
- nada disso, faço com todo o gosto.
- então cala-te e despacha-te.
- mas não te fazia mal algum aprenderes também, um dia posso não estar por perto para te resolver isto.
- eu espero que chegues.
- ou posso estar ocupado.
- estás a dizer que te custa vires aqui ajudar-me?
- não, não! de todo!
- se é para vires com essa atitude, prefiro que não venhas.
- mas que atitude, joana?
- essa. peço-te ajuda e vens todo mal humorado.
- venho lá agora.
- vai-te embora, eu desenrasco-me sozinha!
- mas ainda não acabei.
- não interessa, não te quero aqui contrariado. se fazes tanto frete, mais vale não fazeres nada.
- não faço frete nenhum! deixa-me lá acabar isso.
- não quero! vai-te embora!
- porquê?
- depois dizes que só te chamo para me ajudares e que não sei fazer nada sozinha e não quero aprender.
- digo nada.
- dizes, dizes.
- como queiras.
- vai-te embora, vai-te embora!