no outro dia pensei que tudo no amor está feito, gasto, reescrito, sobreposto, usado, rasgado, remendado. e se inventássemos uma nova forma para o amor, uma inovadora maneira para amar? vamos abandonar os 'para todo o sempre', negar os votos de figas atrás das costas, renegar aos 'eu, tu e mais ninguém'. hoje, aqui e em sangue proclamo o nascimento de um novo conceito de amor, que em tudo tentará ser diferente do velho cansado. largo-te a mão, em amor novo encaramos o mundo individualmente. juntamos-nos em paixão e pouco mais, em segredo e talvez não. o universo somos nós e tu és somente a minha droga alucinogénica, transportando-me em fantasia extasiante pelos mais belos segundos da existência. sou o teu escravo ocasional, onde depositas as tuas mais odiosas mágoas. somos o refúgio do nosso mundo individual, somos verdadeiros em sentimento singelo que nos une sem laço físico. acima de tudo, somos livres das amarras do amor convencional, desobstruídos das tentações luxuriantes e hedonistas. somos a manifestação mais honesta do amor em segredo, esconde-se não para mentir mas para se não corromper pelos amores deturpados que vagueiam as ruas daí. em sonho somos amor que em vida nunca teremos.