estou só, em completa escuridão
e acabei de rever a tua imagem,
cheguei a temer pela própria vida!
por um triz, não se irrompeu o coração
para começar a eterna viagem
que termina na tua cara conhecida.
sou um homem que pede pouco.
permite-me libertar esta agonia,
já tanto me custa sair da cama...
só eu sei que não estou louco,
é esse teu sorriso em demasia
que me continua a alimentar a chama.
prometo jamais te importunar,
na rua trocarei o meu sentido
e os meus olhos nunca tocarão os teus.
o meu amor encontrará um lar
onde esperará para ser abatido,
quando a felicidade chegar no adeus.
eu amo-te a sussurrar ao vento,
da montanha mais alta do meu peito,
palavras feitas do mais doce mel.
esquecer é tudo o que em vão tento,
porque nem para morrer tenho jeito,
quanto mais para empunhar um anel!