sei que as palavras ferem, mesmo boas,
que se esgota a paciência sem limite,
sei que este mundo onde me isolo é triste
e na minha frieza me amaldiçoas.
temo o dia que tomo por mais de certo,
escondo a cara da vergonha infame,
recuso aparecer a quem me chame,
temo perder-te depois de tão perto.
ainda as palavras apaziguadoras
ecoam p'lo negro fundo da minha alma,
já tanto me aflige o passar das horas.
nunca antes aclamado por ter calma,
desejei ter p'ra mim quaisquer melhoras
além do doce toque da tua palma.