o universo é gigante,
tem pés de elefante.
o tempo é elegante,
leva a sua adiante.
o universo tem tem um irmão
que faz truques com a mão.
o tempo tem um sobrinho
que canta desde pequenino.
o universo mais bonito é o nosso,
há um peludo, um barulhento e um deles é grosso.
o tempo mais esquisito é este,
mexe aqui, mexe acolá, uma verdadeira peste!
o universo tem singularidades
mais curiosas que negros buracos.
o tempo leva as suas perversidades
ao acaso em apenas quatro sacos.
o universo está a fervilhar,
a fervilhar por aí de vida.
o tempo limita-se a observar
fazendo da nossa compreensão ferida.
o universo é um contínuo espectáculo,
por todo lado se vêem mortes, explosões.
o tempo diverte-se a correr sem obstáculo,
mas só até lhe falharem os travões!
o universo é mas uma infinita singularidade
de, talvez, um outro universo com tantas outras.
o tempo mantém a sua peculiar seriedade,
varre o espaço à procura de pequenas casotas.
o universo tem tanto que se lhe diga,
tanto que me ocorre, tanto que me intriga.
o tempo tem tanto de irreal,
tanto de incerto, tanto de paranormal.
o universo é mais que o que mostra,
aos nossos olhos é casca de ostra.
o tempo é a pérola no seu interior,
dali controla tudo em seu redor.
o universo anda a precisar de uma namorada,
algo que o faça estremecer-se todo.
o tempo vai avisar-nos da sua chegada,
vai contar as suas atitudes de bobo.
porque é que o universo é mesmo gigante?
abre os braços o máximo que conseguires.
vês? não o consegues abraçar,
só um bocadinho,
então ele é gigante.