tanto esperas tu e me manténs refém
no leito da promessa desse amor
que vai além vergonha e além dor
guardar-se p'ró melhor que já não vem.
tanto vagueias p'las ruas do passado
que te esqueces de voltar ao presente
onde o teu respirar é suficiente
p'ra alegrar este coração danado.
tanto fazes por quem te perdoou,
tanto perdes por não estar a ver,
tanto corres por quem, de ti, escapou...
homens há que jamais, à tua garganta,
temendo, um dia, te ver sair a correr,
colocariam a corda pura e santa.