era um enorme disco
de matéria em rodopio.
apertou-se e acelerou,
foi assim o princípio.
o hidrogénio fundiu-se,
uma estrela se formou.
e todos os planetas
gentilmente iluminou.
ao longo dos anos,
pouco mais aconteceu.
a estrela e os planetas
vaguearam o céu.
mas a bela estrela
esgotou o combustível.
agora sem hidrogénio,
viver é impossível!
de hélio a berílio,
de berílio a carbono,
tenta desesperadamente
fugir ao abandono.
a pobre estrela incha,
na sua enorme depressão.
grande, gorda e vermelha
até terminar a combustão.
o derradeiro fim,
um turbilhão violento.
sozinha cintila ténue,
no vazio firmamento.
a pouco e pouco,
tudo escurece.
a pequena anã branca
também se esquece.
mas no leito de morte,
é mais bela que as restantes!
cem por cento carbono,
o mais puro dos diamantes!