todas as noites olho o céu
com intrínseca curiosidade,
se a mão que ela me deu
foi por pena ou vaidade.
todas as noites a seu lado
são um inferno paradisíaco,
que me levam embalado
a um acidente cadíaco.
todas as noites de ausência
são cruéis testes à sanidade
e desmascaram a demência
que tento passar por saudade.
todas as noites a repudio
por não ma deixar amar,
com a força bruta de um rio
que só pensa em desaguar.