respiro na sombra de uma ilusão,
cansado em demasia p'ra me mover,
p'ra sentir o ar ou p'ra tentar viver
entre esta perpétua escuridão.
sentir o que sinto só por sentir
é, no firmamento por estrelar,
o fundo do teu vácuo a clamar
p'lo meu nome quando vou desistir.
vem, na lembrança de mágoas passadas,
o doloroso palpitar constante,
no meu peito, negar as madrugadas.
fui eu, de entre os homens, tão mau amante
que, nem das tuas lágrimas mal choradas,
me achaste digno por um breve instante?