- tenho que ser sincera contigo, joão.
- não espero menos de ti. o que se passa?
- nada, não te preocupes. apenas devo dizer-te que não és nada fotogénico.
- a que se deve tal afirmação?
- fui levantar as fotografias ao laboratório. aquelas do rio, sabes?
- sim, sei.
- pronto. estive a vê-las e reparei que tu ficas sempre mal. és mesmo pouco fotogénico!
- estou a ver...
- mas isso é algo bom, na verdade.
- vais ter de me explicar o teu raciocínio.
- significa que és mais bonito na realidade.
- acho que posso tomar isso como uma espécie de elogio.
- e podes ter a certeza de que ninguém jamais ficará desiludido por te ver depois da fotografia.
- já entendi! não podemos todos ser perfeitos como tu, joana.
- não me venhas com a conversa da perfeição outra vez!