segunda-feira, 7 de junho de 2010

ciúme

labaredas, fornalhas do inferno,
lamúrias - percorrem na espinha,
vem-me atormentar até à lágrima,
sentimento que nada traz de terno.

fervilha de raiva, assim avança,
na memória - o plano de sangue,
fazê-lo parar nada consegue,
nem o sorriso de uma criança!

esta dor consome-me as entranhas,
pela carne, osso e alma sem trave.
ofega de novo o mal ao mundo.

olhares fixos, coisas mais estranhas,
entre nós - nem se vê quanto é grave,
percebe-se… é obsessão no fundo.