o perfume que imagino,
porque não sinto,
porque passa distante.
os seios que toco
só na ilusão,
só no desejo.
os olhos que devoro,
são castanho sol,
são imperadores.
as pernas que recorto
e guardo só para mim
e sonho me envolverem.
toda a perfeição de divina
renegada se esconde na terra
à mercê da luxuria,
perversão do homem.
também às minhas depravações,
sombrias fantasias.
a virgindade que te furto
quando te estupro dos órgãos,
aqueles que não precisas
são todos inúteis,
menos o coração.
o coração é meu.
já o violei,
provei de inocência,
agora possesso-o.