sábado, 5 de junho de 2010

a fantasiar

deixa-me continuar a sonhar em esplendor,
tentar extinguir o obstáculo do tempo.
conquistar os monstros do nosso terror,
deleitar no infinito e no vento.

é errado deambular neste mundo tão real,
onde se anulam o arbítrio e as razões.
pudéssemos ter uma existência sem igual
encantada de príncipes, até de dragões!

segue-me! vem comigo aquela terra impossível,
onde a cada princesa corresponde um só sapo,
onde cada paixão é um só sistema isolado.

mas a barreira da física é intransponível.
humanamente aprisionados a este maldito chão,
que em alma nos limita apenas o coração!