se já o foste uma vez, então sabes como se faz. já conheces os truques e os atalhos, os códigos e as passagens, é para ti como andar de bicicleta. quiçá o primeiro, mas não o derradeiro! há um novo dia amanhã, ele espera por ti. só tens de largar o pôr-do-sol a que te acostumaste, que já não lembras o calor da estrela da madrugada ou o cheiro do orvalho. o teu caminho tornou-se insustentável, quando o amor começou a cobrar portagem e não quiseste sair à primeira oportunidade. as paragens são cada vez mais próximas entre si, as saídas escasseiam e perdeste o mapa. segues em frente, sacrificando tudo o que angariaste por mais um quilómetro que seja. foge! larga tudo e parte para a aventura, corta à primeira saída. ainda não é tarde, guardas as cábulas de quando eras feliz e eu tapo os olhos ao teste. agarra a minha mão, que essa estrada será a tua perdição. quando chegares ao destino terás nada, tudo ficou pelo caminho.